O câncer de pênis é considerado uma doença rara, entretanto com maior incidência em determinadas camadas da população e regiões. Esta intimamente ligada às condições socioeconômicas baixas e hábitos de higiene precários.
Indivíduos não submetidos à cirurgia para correção da fimose ( postectomia ou circuncisão) e portadores de infecções crônicas no pênis, notadamente o HPV (infecção pelo Papiloma Vírus Humanus), apresentam uma incidência maior para este tipo de câncer.
Trata-se de doença grave e mutilante, onde a destruição total do pênis pode ser observada. Pode evoluir com disseminação da doença para outros orgãos e mais comumente para os linfáticos inguinais ( gânglios da região inguinal)
O tratamento é cirúrgico e dependerá do grau de comprometimento do pênis pelo tumor e do tipo histológico das células tumorais. Poderá variar de uma simples retirada do tumor ( raro de acontecer), uma amputação parcial do pênis ou em casos mais avançados a uma retirada total do pênis(amputação total). Na presença de um órgão genital totalmente comprometido poderá ser indicada a emasculação total ( retirada da lesão, testículos e bolsa escrotal). Este procedimento não tem caráter curativo, e visa manter a possibilidade de convívio social do paciente com seus familiares.
A retirada dos linfáticos inguinais ( gânglios linfáticos inguinais) poderá ser indicada ao se retirar a lesão tumoral peniana e isto tem finalidade de cura ou retardo da evolução da doença. A retirada tardia dos mesmos gânglios pode não ser benéfica e a evolução da doença poderá ser agressiva e rápida.
Independentemente de todo tratamento cirúrgico que possa ser realizado, a doença poderá evoluir e sua letalidade é alta. Até o momento não se dispõe de tratamento complementares efetivos, sejam através de radioterapia e/ou quimioterapia para o câncer de pênis.
A prevenção continua sendo o melhor estratégia para o câncer de penis.