O diagnóstico do HPV nas mulheres é realizado pelo Ginecologista, através do exame preventivo. Este exame não evidencía o vírus, mas alterações que êle pode causar nas células.
Lesões genitais ou na pele, evidenciam o diagnóstico clínico no homem. Uma biópsia da lesão condilomatosa é realizada com intuito de demonstrar alterações sugestivas de infecção viral.
Nos homens assintomáticos, realiza-se a penioscopia e exames do material colhido do pênis, com finalidade de identificação do Papiloma Vírus Humanus-HPV.
A porção final da uretra peniana (meato uretral) deve ser inspecionada (uretroscopia) e na suspeita clínica de condiloma uretral, uma uretrocistoscopia (visualização de toda uretra e bexiga) deverá ser solicitada. Este exame é feito sob anestesia, devido à possibilidade de realização de uma biópsia em alguma área suspeita com a cauterização imediata da mesma.
Dentre os exames solicitados na tentativa de identificar o papiloma vírus humanus-HPV, além da biópsia da lesão, pode-se colher material para realização do teste de Hibridização Molecular, Captura Híbrida e realização do PCR para HPV.
Formas de tratamento:
Existem várias substâncias utilizadas para o tratamento das lesões.
A seleção do tratamento leva em consideração o tamanho e a localização da lesão, o custo do tratamento, reações adversas ao tratamento e a experiência do urologista.
É fundamental a adesão do paciente ao tratamento, no intuito de obter o máximo de resultado com a terapêutica instituída.
Grandes Condilomas no pênis:
Lesões verrucosas extensas podem necessitar de internação para ressecção sob anestesia. O material ressecado é enviado para exame citopatológico, com finalidade de identificação viral e afastar a possibilidade de um câncer de pênis. Nestas lesões, os limites cirúrgicos deverão ser avaliados por um anatomopatologista durante o ato cirúrgico. A presença de doença residual deverá ser avaliada e se necessário à ampliação das margens cirúrgicas deverá ser realizada.
Condilomas de tamanho médio:
Condilomas de tamanho intermediário são retirados com aparelhos de eletrocirurgia, nas quais um tratamento clínico não seria eficaz. Necessita de anestesia local e realização em ambiente hospitalar. Evolui com cicatrização da lesão e provável cicatriz visível.
Laserterapia com Laser CO2 elimina a lesão e tem alto custo. Indicado para tratamento de grandes lesões e/ou lesões multifocais e em pacientes com distúrbios de coagulação, decorrentes do uso de medicamentos ou comorbidades.
Alguns casos necessitam anestesia local ou outro tipo de anestesia mais potente. Pode ser necessária uma internação hospitalar.
Em virtude da carbonização do material retirado, não há possibilidade de análise histopatológica do material.

Crioterapia – tem a finalidade de congelar as lesões virais e consequentemente elimina-las. Geralmente pequenas lesões, necessitam de apenas uma aplicação. Uma lesão condilomatosa maior do que 1 cm necessitará de outras aplicações. É um procedimento rápido, praticamente indolor, que evolui para uma pequena ulceração, proporcional ao tamanho da lesão e na maioria das vezes não deixa cicatriz visível.
Nas pequenas lesões no pênis, bolsa escrotal e pele, algumas substâncias tópicas são utilizadas com a finalidade de eliminar as lesões. Dentre elas a podofilina e o ácido tricloroacético. As lesões são cauterizadas quimicamente e evoluem com uma pequena ulceração, que após alguns dias regridem. Dependendo do número e do tamanho das lesões, várias áreas poderão ser tratadas simultaneamente. Uma pequena cicatriz visível pode ser encontrada.
IMUNOTERAPIA – A imunoterapia com a utilização de um creme de utilização tópica, Imiquimóide, com finalidade de produção de substâncias próprias do sistema imune, que auxiliam ao combate ao vírus do HPV.
É bem tolerada, necessitando pelo menos um mês de tratamento e complementa o tratamento após a retirada das lesões